sexta-feira, 2 de maio de 2014

Dia 04 - Ilha do Mel - 04/05/2014

Hoje é o dia de conhecer a famosa Ilha do Mel. Estávamos realmente ansiosos por isso! Nosso almoço estava previsto para 15h, devido a isso, caprichamos no café da manhã. 


Quando partimos, o tempo estava meio nublado... nos remetendo um 'ar de suspense'... 



As vezes, as nuvens abriam e davam um espacinho para o sol nos desejar um 'Bom dia'. 


Já embarcados, cada um foi procurando um lugarzinho para se ajeitar e curtir a travessia. Amei termos ido em um típico barco de pesca... aqui tem espaço suficiente para irmos de um lado para o outro.


É claro que Eros, nossa brincalhona, não perderia a oportunidade de brincar de Titanic. 





Após assistirmos a mais alguns golfinhos brincando, bem próximos ao barco, começamos avistar a ilha... logo, atracamos e descemos, bem próximo a Torre da Marinha, na praia do Cassual. 


Torre da Marinha - Praia do Cassual


Ilha do Mel

A ilha é uma das praias mais importantes do litoral paranaense. Ela pertence ao município de Paranaguá e têm várias leis que a protegem de degradação. Achei interessante a existência de uma lei que define até um número máximo de turistas por dia, não podendo ultrapassar 5.000 pessoas. Assim como as outras ilhas, não existem carros, nem luz pública, próximo da praia ou trilha.



No entanto, para nós, que passamos vários dias em locais bem 'desertos', achamos a ilha bastante movimentada. Há também, muita estrutura turística, com inúmeras pousadas, camping e comércios. Sinto falta do isolamento dos dias anteriores.

O passeio de Sandro é, como sempre, muito bem organizado. Já tínhamos tudo marcado com Carlinhos, que nos viria buscar aqui na ilha, e já estava tudo certo com Pérola Negra, barco que nos trouxe no primeiro dia e nos levará de volta, hoje, até Cananeia. Por isso, tínhamos apenas 3 horas para desbravar o que fosse possível. Seguimos da Praia Cassual até a Ponta do Bicho e, na sequencia, seguimos em direção a Fortaleza. 



Como o pedal era curto, decidimos deixar de lado os equipamentos de ciclismo e partimos mais confortáveis. No entanto, Filipe tinha uma certa dificuldade com o chinelo, que caía a toda hora. Sandro e eu riamos muito com a situação. Meu marido é um péssimo 'caiçara'.



Assim que vimos a grande Fortaleza ao fundo, aproveitamos para fazer algumas fotos. 




No entanto, decidimos seguir em frente e fazer a visitação na volta... A seguir, passamos na praia do Istmo, com uma grande faixa de areia. Infelizmente não tivemos tempo para explorar o Farol, localizado entre as Praia do Istmo e a Praia de Fora, onde dizem ter uma visão privilegiada da ilha... mas com certeza, voltaremos em uma próxima expedição para fazer isso!



Atravessamos ao lado de um lagamar e fomos direto para Vila do Farol. 


Aqui, tem um pequeno 'Centro Comercial' com algumas barraquinhas, lojas e restaurantes. 




Acabo comprando uma lembrancinha da viagem, um passarinho feito de cerâmica que possui uma pequena abertura e, ao soprarmos, faz o mesmo som de um passarinho. 

Em frente a um restaurante, havia um E.T. que achei uma gracinha, rs.


Seguindo em frente, saímos na Praia de Brasília, onde haviam várias embarcações atracadas. Como aqui a terra é bem fofa, tivemos que empurrar as bikes até chegamos novamente em terra 'batida'. 


Pegamos uma trilha e voltamos até Praia do Farol. Partimos então em direção a Fortaleza. 



Agora sim, entramos para conhecer a grande construção. 



Fortaleza da Ilha do Mel

A Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, foi uma das primeiras referências históricas sobre a ilha. Construída em 1767, pela coroa portuguesa, tinha como objetivo proteger a Vila de Paranaguá. Caso tenha interesse em saber mais, nas foto (abaixo), conta-se um pouco sobre sua história.






Na entrada, há uma grande inscrição em português arcaico. 



Em seu pátio, a esquerda, há uma pequena subida onde chegamos a um mirante com vários canhões. 



No entanto, Sandro nos avisa que há outro mirante, a direita, no topo de uma montanha, uns 500m acima. Partimos todos em busca de, quem sabe, uma imagem perfeita.


A subida é bem ingrime e parcialmente estruturada, metade tendo um tipo de calçamento e, a outra metade, uma trilha em terra batida.



Quando chegamos, fomos surpreendidos por alguns corredores que terminam em um espaço maior onde contém uns canhões bem grandes, provavelmente vindos da Inglaterra, de acordo com suas inscrições.




Na sequência, vimos ao fundo um mirante e realmente fomos surpreendidos com a bela visão da ilha. Pausa para fotos!




Como não tínhamos tempo a 'perder', descemos a fim de encontrar Sandro, que nos aguardava em volta das bikes. Infelizmente, haviam algumas pessoas alternativas, que estavam em uma 'vibe' meio diferente, e queriam andar com uma bike emprestada. Por esta razão, não podíamos descuidar. 

Lá embaixo, há uma sala com algumas informações, fotos e livros sobre a ilha..



Preciso citar que, para mim, o grande momento na Ilha do Mel, foi assistir um pássaro chamado mergulhão. Ele sobrevoa as águas, olhando atentamente em direção ao mar. De repente, quando encontra algo, provavelmente um peixe para sua refeição, encolhe suas asas, deixando as 'perninhas' bem esticadas ('a la' bailarina) e desce na maior velocidade, mergulhando no mar. Imediatamente, após seu 'salto ornamental', sai da água e voa, sem a menor dificuldade, como se suas penas não estivessem molhadas. Rio muito com eles... Consigo fazer um vídeo deste momento. 
(Mais sobre este pássaro: Mergulhão)


A visita a ilha termina com um gostinho de 'quero mais'! Gostaria muito de ter tido mais tempo para explorá-la melhor, mas acho que não faltará outras oportunidades para isso. Assim que chegamos na Praia Cassual, Carlinhos já nos aguardava em seu barco. Neste momento, Eros, Filipe e eu fizemos nosso 'grã-finale'! Embora a água estivesse um pouco fria, o que não nos havia encantado antes, neste momento estava perfeita! Aproveitamos muito!




Daqui, seguimos para a pousada do Carlinhos, pegamos nossos alforges e baldeamos as bikes para o barco do Pérola Negra. A viagem promete ser longa, partimos às 11:30h e a previsão era chegar em nosso destino umas 15h.



Em algum ponto do canal, havia um grande rochedo, tipo ilha. Até ai, nada demais. No entanto, ao nos aproximarmos dali, o piloteiro nos mostrou um tipo de pintura ou escultura. É muito interessante e bonito!




Tivemos também, a oportunidade de conhecer um 'Sambaqui', que trata-se de um depósito de materiais orgânicos que foram empilhados ao longo do tempo, provavelmente por algum grupo indígena. Nesta região, foram encontradas algumas 'Urnas Funerárias' utilizadas por índios, especificamente, de tribos tupis-guaranis.


A viagem foi rápida e chegamos a Ilha do Cardoso antes do previsto, às 14h. Descemos para almoçar.



O prato principal foi uma tainha recheada que estava simplesmente divinal! Filipe e eu experimentamos, mas não almoçamos com eles devido a termos Ricardo e Silvana nos aguardando, com lasanhas e sobremesa.



Após o delicioso almoço, seguimos para Cananeia, mais 30 minutos de barco. Durante o caminho, mais algumas apresentações de golfinhos, para marcar nossa despedida. Desta vez, não consegui fotografar ou filmar... 



Ao chegarmos na marina, já de longe, pudemos avistar nossos amigos Ricardo e Silvana, nos aguardando. Foi uma festa e uma alegria muito boa, tê-los aqui! 



Segue a foto que Silvana estava fazendo:


Na sequência, Eros, Eli e Sandro, seguiram para a pousada, onde deixaram suas coisas e Filipe e eu, seguimos para a casa de nossos queridos. Fizemos uma BIG refeição com eles, com direito a 3 tipos de lasanha, salada de batata e uma sobremesa inesquecível! Gostaríamos de poder ficar mais, no entanto, uma viagem de 4h nos aguardava. 



A viagem foi surpreendentemente boa! Conhecemos pessoalmente Silvana e Ricardo, o que posso garantir que nos fez começar com pé direito; revi meu querido amigo Sandro Ribas e conseguimos realizar um antigo sonho, de fazer uma expedição juntos (o que foi muito melhor do que pensava, aliás foi perfeito!); conhecemos mais um querido casal que com certeza nos fará companhia em alguma cicloviagem, quem sabe ainda neste ano e, por fim, conhecemos um verdadeiro paraíso nas ilhas do Cardoso, Superagui, Peças e Mel... 

Deixamos aqui o registro de nossa passagem, mas acima de tudo, o incentivo para se conhecer estes locais e seus maravilhosos habitantes. Nosso querido Sandro, guia da Expedição e Aventura Outdoor, sempre tem expedições marcadas, consulte-o! 

Obrigada a todos, por exatamente tudo!

Fonte de pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sambaqui

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