sábado, 3 de maio de 2014

Dia 3 - Ilha das Peças - 03/05/2014

Filipe e eu acordamos muito cedo e umas 6h já estávamos na praia. Achamos que conseguiríamos ver o nascer do sol... mas ele estava atrás de umas montanhas, por isso, não conseguimos assisti-lo. Mesmo assim, conferimos os encantos daquele céu azul clarinho com uma nuance levemente rosada, sendo atravessado por gaivotas... 



Quando retornamos a pousada, Dna. Dica já havia servido o café da manhã. Por isso, sentamos e nos alimentamos devidamente antes de partir. 


Dna. Dica é uma mulher muito carinhosa e gosta de foto! Quando a convidei para sair na foto comigo, me deu um abraço, tipicamente de vó... obrigada minha querida!


Ontem no pier, conhecemos uma joia rara da ilha... seu nome é Josias. Ele possui algum tipo de deficiência e mexe com todos que passam por ele... mas em especial, ele se apaixonou por mim e, consequentemente, passou a odiar meu marido. Por esta razão, ele não podia passar por Filipe que o chamava por vários nomes 'carinhosos', tipo: Carecaaa, feiooo, carecaaa!! Eu ria muito da cara do Filipe que me olhava com aquela cara de quem não achava a menor graça. Adeus Josias... levarei o 'careca' embora para você não se irritar mais...


Seguimos o Sr. Erondino até a praia e, desta vez, foi necessário dividir a tropa... primeiro embarcamos Filipe, eu e três bikes e, na sequência, vieram Sandro, Eros e Eli, com mais duas bikes. 





Enquanto desembarcávamos as bikes, uma linda borboleta começou a voar ao nosso entorno. Peguei a máquina e fiquei a postos... assim que ela pousasse faria uma foto. Parece que ela entendeu, pois pousou no pneu da bike de Eros e permaneceu ali até que eu terminasse a sessão de fotos.



Ilha das Peças

O nome da ilha teve origem devido ao tráfico de escravos, que vinham do norte para trabalhar no sul, e eram 'descarregados' ali. Como o comércio era proibido, os navios não podiam chegar com a "carga" a mostra e, devido a isso, eram denominados "peças". A ilha era um ponto estratégico para os negociadores em Paranaguá. 

Acho engraçado que, enquanto pesquisava sobre esta ilha, não encontrei razões reais para vir até aqui. O percurso de bike seria bem pequeno. Da extremidade norte, onde desembarcamos, até a Vila das Peças, tem algo em torno de 15 km. Logo, imaginava que à partir da Ilha Superagui, poderíamos, de forma conveniente, pegar um barco e seguir direto para a Ilha do Mel... para minha sorte, o roteiro de Sandro especificava a passagem pela Ilha e, sinceramente, é uma das ilhas mais linda que passamos! 




Conclui isso porque, em primeiro lugar, a melhor visão que temos da Ilha do Mel, é a partir da Ilha das Peças. 



Em segundo lugar, a Ilha é cheia de curvas, o que garante surpresas a toda hora! Em certo ponto, há uma antiga torre de tijolos, da marinha, derrubada com a força do mar. Aproveitamos parar e fazer algumas fotos por aqui. 



Na sequência, vimos uma arraia morta, tadinha... 


Logo começamos a ver algumas casas, muito bonitas, por sinal! 


Eros e eu, íamos bem distraídas conversandoquando ouvimos alguém nos chamando. Nos aproximamos de um homem, que se apresenta: 'Sr. Carlinhos, dono da pousada onde ficarão hospedadas...' paramos aguardar Sandro, Filipe e Eli que vinham logo atrás. Logo pensei, poxa vida, quero pedalar mais! No entanto, respiro fundo e seguimos para a pousada. Hoje, tento imaginar os pensamentos de Sandro, nosso guia, que sabia tudo o que ainda veríamos nas próximas horas... ele precisa manter em segredo para não estragar a surpresa. 

A pousada é linda, de muito bom gosto! Tudo muito cheirosinho bem aconchegante! Sandro pede para deixarmos as coisas no quarto e sairmos a pé, para conhecer a vila. 


Enquanto esperamos Eros e Eli, converso com Carlinhos que muito pacientemente me explica sobre o cultivo de ostras. Elas de desenvolvem nos mangues, entre as raízes e a água. Ali, elas são coletadas e levadas para cestos como este que são amarrados, através de uma corda, a um galão de 20 litros vazio, para que fique flutuando  no mar. Todos os dias, ele as retira para vender aos turistas e, no final do dia, as retorna ao mar. Elas resistem até dois dias fora da água. Ele insiste que eu prove uma, mas, não sou muito fã do aspecto 'gosmento' delas... então, agradeço e digo a ele que ficará para a próxima. 




Há 16 anos, estive na Ilha do Cardoso e tive o desprazer de sentir os efeitos de uma passada 'leve' de uma água viva sobre minha pele. Fiquei com alguns vergões na canela. Achei muito interessante este informativo, que estava fixado na pousada, e decidi deixar aqui como manual do que se fazer, caso seja atacado por ela... 


Soube depois, que na Ilha das Peças, é possível se ver um papagaio de cara roxa, ameaçado de extinção. Pena que não o vimos... 



Aqui na ilha, há registro de uns 350 habitantes. Passamos por uma trilha onde havia várias casas.  Acho muito interessante Sandro destacar, que aqui na Ilha, há uma escola estadual de primeiro e segundo grau e alguns cursos superior a distância. 


Algo que nos chamou muito atenção, foi uma casa na árvore que havia pelo caminho... sempre foi meu sonho!


De repente, chegamos ao verdadeiro paraíso! Que lugar, que visão... fiz algumas fotos e fiquei contemplando a beleza. 







Sandro nos convida a tomar a mais famosa caipirinha no 'frasco de palmito'! Seguimos todos até um restaurante, que eu diria ser de alto padrão, para experimentarmos a tal...


Olha a carinha de alegria do Sr. Eli! Ele pediu uma de maracujá enquanto, Filipe e eu, pedimos uma de kiwi. Estava perfeita! 


O fato é que o frasco, vem com a tampa, o que nos permite fechá-la de vez enquanto e sacudir, garantindo que o gelo que está derretendo, a polpa e o açúcar, ficarão bem misturados, do início ao fim. 




Olha o efeito da caipirinha?!? rsrs




Daqui, seguimos para um restaurante comunitário, que faz parte de uma associação de mulheres. Comemos uma comidinha caseira sensacional!




Na saída do restaurante, encontramos um cãozinho muito engraçado e alegre, parecia uma hiena.




O grande espetáculo ainda estava por vir. Sei que parece que sou vidrada nesta história de nascer e pôr do sol... e sou! Encaro isso, como impressões digitais de locais por onde passo, pois absolutamente nenhum é igual ao outro. Sempre haverá um flash de luz, um barquinho, uma tonalidade, uma montanha, enfim... algo para eu abrir a boca e dizer: Nossaaa! Que lindo... Por isso, na hora do pôr do sol, seguimos para um pier e nos preparamos para o grande momento. 







Hoje, tivemos uma surpresa maior do que as imagens vindas do céu... pois fomos surpreendidos por um cardume de golfinhos fazendo várias acrobacias... foi demaissssss!!! Eles subiam, vários deles, davam pulinhos, quase davam tchauzinho... A cada vez que eles apareciam, eu pulava junto, dava um gritinho e vibrava, parecia uma criança. Acho que consegui filmar um pouquinho e até registrei algumas fotos. 



Permanecemos ali por um bom tempo assistindo os alegres golfinhos brincando... até os pernilongos estarem quase carregando meu marido para longe de mim... por isso, tivemos que voltar para a pousada. No caminho, encontramos uma arraia que quase levamos embora... parecia ter sido abandonada por aqui. 


Ao chegarmos, nosso grande Sandro, nos havia preparado um 'café da noite'. Foi ótimo, ainda mais depois de tudo o que havíamos comido no almoço. Passamos horas conversando na mesa. Foi um dia / noite espetaculares... 




Aguardem o próximo episódio com
Expedição e Aventura Outdoor

Fonte de Pesquisa
http://www.ecologicatur.com.br/ilha-das-pecas/

Ilha das Peças - Pousada do Carlinhos
41-3482.5103

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